Resumen
El presente artículo propone una discusión sobre la política corporativa desarrollada por el mundo empresarial para contener y, si es posible, obtener una licencia social para operar. Esta forma de actuación de las empresas ha resultado necesaria para anticiparse y mediar los conflictos sociales y medioambientales que estallan cuando las empresas llegan a la región. Estos conflictos surgen de la colisión de diferentes proyectos sociales para ese territorio (por un lado, los de fuera -la empresa y los accionistas- y por otro, los de dentro -la población local-, cuyo sustento depende a menudo de la salud del agua, del suelo y de los ecosistemas). Los conflictos ambientales y la articulación de la resistencia de la población pueden poner en peligro la instalación de la empresa en la localidad. Para demostrar el modus operandi de estos consultores en el territorio, se presentarán tres casos en el Estado de Rio Grande do Sul/Brasil en los que se contrataron consultores para contener los conflictos y obtener una licencia social para operar. Por último, se discute el papel de la educación ambiental en las consultorías contratadas por las empresas, que si bien pueden realizar buenos proyectos, terminan legitimando la acción de la empresa en el territorio, sin promover la emancipación real de la población local, lo que podría poner en peligro la ejecución del emprendimiento en cuestión.
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